quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pequenos Segredos

Madrid é uma cidade grande e cheia de museus, praças, jardins e palácios para visitar. Todos sabemos e os guias também.
No entanto, há pequenos segredos mais ou menos bem guardados e que eu tenho a sorte de ir descobrindo e revisitando. Tantas vezes quanto quero.
Hoje falar-vos-ei do Jardim do Capricho, um jardim oitocentista a nordeste de Madrid.


Origem

Em 1783 os Duques de Osuna compraram uma quinta, situada na vila de Alameda, e no ano seguinte Pablo Boutelou, um dos melhores jardineiros da corte, apresentou um projecto para a ordenação do denominado Jardim Baixo, que por essas datas era o eixo principal da quinta.

 

Arquitectura


Três anos depois, a condessa contratou Jean-Baptiste de Mulot com a condição de não trabalhar para outras casas do país. Mulot vinha da corte de Maria Antonieta e conhecia perfeitamente o Petit Trianon de Versalles. Para a duquesa idealizou um projecto paisagista de estilo inglês cujos traços gerais realizou durante a sua estadia em Espanha assim como o começo das obras de Albejero e do santuário. Quando este se foi em 1795 a Alameda ficou a cargo do jardineiro francês Pierre Prevost e do pintor e cenógrafo italiano Angel Maria Tadey. Entre 1792 e 1796 foram levadas a cabo obras no palácio ficando dita construção a cargo dos arquitectos Manuel Machuca Vargas e Mateo Mediana sucessivamente. Em 1807 a invasão francesa obrigou a duquesa a mudar-se para Cádis. Com o regresso ao trono de Fernando VII, a duquesa recuperou o seu capricho e em 1815 ordenou a construção do Casino de Baile seguindo o projecto do arquitecto António López Aguado.

 

Marco cultural


Após a morte da duquesa, o seu neto encomendou a este arquitecto a realização de dois monumentos, um em memória à duquesa, “Exedra de la Plaza de los Emperadores”, e o outro em memória do duque, “La Isla de Lago”
Até ser adquirida pela Câmara Municipal de Madrid em 1974, a quinta de “La Alameda de Osuna” passou por diferentes proprietários e em 1985 foi declarada Património de Interesse Cultural, factor que tem sido fundamental na recuperação e restauração integral deste conjunto que representa o mais original e consumado exemplo de vila suburbana do século XVIII em Espanha, para além de ser um dos poucos exemplos de jardim paisagista que existe hoje em dia em Espanha.
(Informações retiradas daqui)

Visitei o jardim no domingo passado e aproveitei para praticar fotografia, algo que já não fazia há algum tempo. Por preguiça, por medo de nuna aprender a fazer bem e porque tinha deixado o carregador em Lisboa (muito bom!).
Deixo-vos alguns testemunhos da visita:
Casita que fica logo na entrada, à esquerda


Um pequeno lago cheio de patinhos. Dica: tragam pão e os miúdos!

Um desses patinhos. Um cisne negro!

E as flores lindas!

Uma fonte com um "Pumba"

O lago de outra perspectiva

E a ponte desse lago

E a "casinha" dos patos

E mais flores



Um Templete meio perdido

E umas esfinges
(se alguém quiser utilizar as minhas fotografias, tenho muito gosto. MAS, por favor incluam o autor. EU!)

Sem comentários:

Enviar um comentário